30 caixas da coleção OS CIENTISTAS a venda no site do ML em maio de 2019

•maio 6, 2019 • 1 Comentário

Aproveite a oportunidade com exclusividade agora no Mercado Livre: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1225528036-coleco-os-cientistas-laboratorio-dec-1970-abril-cultural-_JM

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Coleção completa a venda (lacrada)

•outubro 6, 2016 • 2 Comentários

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-794528941-os-cientistas-coleco-caixa-isopor-anos-70-completa-50-vol-_JM

Americanos lançam mensalmente kit de experiências para crianças

•março 27, 2015 • 2 Comentários

Americanos lançam kits de experiências para crianças a 20 dólares por mês.

Saibam mais aqui:

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http://www.b9.com.br/56260/tech/tinker-crate-envia-caixas-de-diversao-mensais-para-jovens-makers/

Vejam aqui o comercial de lançamento:a.tinkercrate-dst

Enviado pelo amigo e colaborador Luciano Sell de Curitiba

FINALMENTE UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL \o/

•fevereiro 12, 2014 • 1 Comentário

INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O governo federal vai distribuir cerca de um milhão de kits para estimular o interesse dos alunos pelas ciências na rede pública de ensino, ainda neste semestre.

O material, elaborado por um grupo de professores da USP, Unicamp e UFRJ, é patrocinado pelo Ministério da Educação e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes.

Além de estimular os estudantes, o grupo responsável pelo trabalho quer que os kits se transformem em laboratório itinerante dentro das escolas e aprimorem a formação dos professores.

Os alunos terão acesso a coleções de Astronomia, Biologia, Física, Matemática e Química.

Saiba mais detalhes em bit.ly/1dCi1aU

Quem sou eu.

•julho 1, 2012 • 8 Comentários

Me chamo Carlos Alberto Machado, sou natural de Curitiba (PR) e pedagogo. Doutor em Educação pela Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro e atualmente professor adjunto da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), localizada em Guarapuava (PR). Criei esse blog, a princípio por pura nostalgia, pois observei que essa coleção (laboratório) influenciou a vida de muitos cientistas e professores da atualidade. Naturalmente que hoje a coleção teria um perfil diferenciado e muito provavelmente seria adaptada à realidade atual, tomando cuidados éticos. Imagino que além das áreas de Biologia, Física e Química, também poderiam ser previlegiadas as áreas de Geografia, Astronomia e Robótica, entre outras. Atualmente o blog Os Cientistas vem sendo procurado mais por alunos de ensino médio e,ou acadêmicos para pesquisa escolar. Fico feliz e orgulhoso em saber que tenho colaborado e ajudado com o desenvolvimento da ciência em nosso país. Grato por sua visita e fique a vontade. Caso queira divulgar meu trabalho em sua pesquisa, blog, jornal ou revista, peço apenas a gentileza que cite a fonte divulgando um link para esse blog.

O início

•agosto 10, 2009 • 23 Comentários

ATENÇÃO: Kits a venda – veja ao lado (direito)

E.mail para contato: cipexbr[arroba]yahoo[ponto]com

Nosso blog tem a honra de anunciar que fomos citados na entrevista exclusiva realizada com o criador da coleção Os Cientistas na revista digital Brasilis: http://revista.brasil.gov.br/personagens/isaias-raw/perfil

Junte-se a nosso time. Se você ainda possui as caixas de isopor em sua casa entre em contato conosco. Ajude nossa campanha pelo resgate da memória e história da ciência e para o retorno da coleção “Os Cientistas”.

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Caixa de isopor do cientista Volta, que foi lançada pela Abril como número 4 em São Paulo e Rio de Janeiro e como número 1 no restante do Brasil.

Funcionárias da Divisão de Fascículos da Abril embalam Os Cientistas, em 1972 (foto: Milton Shirata)

A coleção de kits “Os Cientistas”:

Nos idos da década de 70, ou seja, em plena ditadura militar, a Abril Cultural (atual Editora Abril) em conjunto com a extinta FUNBEC (Fundação Brasileira para o Desenvolvimento de Ensino de Ciências), lançaram a coleção “Os Cientistas”, mais precisamente em maio de 1972. Eram caixinhas de isopor tamanho A5, contendo vidros coloridos, lâminas da natureza, frascos mágicos (químicos), balança, molas, microscópio e muitas…muitas experiências no campo da física, química e biologia. Com certeza, hoje existem muitos cientistas ou professores que foram de alguma forma influenciados a exercerem suas profissões, intuito sine qua non do pesquisador Isaías Raw, que hoje trabalha no Instituto Butantã. O principal objetivo deste blog é o de participar de uma campanha que Isaias Raw iniciou, o retorno à coleção “Os Cientistas”.

Isaias Raw

Isaias Raw

Depoimentos sobre a coleção:

Recordo que os comerciais da campanha publicitária da Abril eram convincentes e graças a eles, consegui adquirir a primeira caixa que continha o cientista Volta, inventor da pilha. Veio com ela um pequeno manual acompanhado de uma lâmina plástica vermelha que permitia “visualizar” respostas às perguntas pertinentes ao texto. Convencer meu pai a comprar a cada 15 dias aquelas caixinhas “mágicas” era a missão mais difícil. Hoje, imagino por conta disso, que seu preço não era muito acessível, mas penso que se meus pais soubessem o valor que aquilo proporcionaria a longo prazo, não pestanejariam um segundo em comprar todas as 50 caixinhas. De qualquer forma, consegui apenas ir até a metade. Lembro perfeitamente que meu passatempo favorito naquela época era visitar toda semana uma banca de jornais e, sem demora, procurar entre as demais revistas da época, a caixinhas brancas que populavam minha imaginação juvenil.

Microscópio_pretoCerta vez, já com 13 anos quando ingressei no ginásio, minha professora de ciências, comentou sobre a célula e sua partes, a ameba e outros bichos. Indaguei se poderíamos visualizar tudo aquilo em um laboratório ou em algum microscópio, quando soube, pra decepção de todos, que o colégio apesar de ser de padres, não possuía laboratório ou sequer um microscópio. Todo faceiro, ofereci a minha professora um empréstimo de microscópio para que ao menos minha turma (cerca de 40 alunos), pudesse prestigiar pessoalmente as maravilhas do mundo microscópico que ela tanto mencionava em suas aulas.

Como seria interessante se as crianças e jovens de hoje também tivessem acesso a algo similar com tanta facilidade. Imagino que Isaias Raw se alegraria se souber que um de seus pequenos e majestosos microscópios – apenas uma ínfima parte da coleção – proporcionou a um grupo de estudantes curiosos um olhar vislumbrante. Realmente, tive sorte de conhecer “Os Cientistas”. Aquela experiência também serviu para que eu percebesse a dura realidade daquele período, pois mesmo minha professora de ciências, apaixonada pelo tema, não possuía um microscópio ou sequer teve acesso à coleção. Aliás, uma dura realidade que ainda perdura em nosso país.

Balança_Os_CientistasLembro também, que muitos artefatos das caixinhas, como a bela balança plástica alaranjada, de medidas precisas, também serviam a outros propósitos, extrapolando seu uso para alem das experiências contidas dentro das caixinhas de isopor.

Carlos Alberto Machado

Conheci a coleção de um modo interessante. Minha família era composta de 5 irmãos e meu pai mau tinha condições para nos manter na escola. Todos os moleques da turma eram interessados, mas nenhum de nós tinha a grana para a coleção (que não era barata). Um dia, não sei quem conseguiu que uns cinco de nós fossem à casa de uma pessoa que eu não conhecia, mas que tinha toda a coleção. Foi tipo o “dia do Cientista”. Naquele dia, a gente repassou  quase todas as experiências que ele tinha. A diversão foi o tal sangue do diabo, que a gente fazia incansavelmente, jogávamos nas roupas uns dos outros e víamos a mancha desaparecer lentamente. Só muito mais tarde, já na graduação, eu consegui comprar uns números avulsos no sebo (sem os experimentos, naturalmente). Ocorreu um desdobramento interessante ainda em minha infância. Não sei se por causa da coleção cientistas, mas eu almejava muito um microscópio e meu pai conseguindo um muito bom, quase que exatamente o da coleção, só que avulso. Penso que foi uma cópia por conta do sucesso dos cientistas. Uso ele até hoje. E por conta daquele formato de bibliografia de cientistas, tomei gosto pelas biografias e hoje possuo em minha biblioteca  mais de 100 livros desse tipo.

Bertoldo Sheneider Jr.

Lembro sim. Vi uma propaganda na TV e depois na Banca de Jornais. O nº 01 era sobre Alexander Volta. Eu e meu irmão mais velho que estava mais adiantado na escola construíamos uma pilha. Não tenho mais oPilha_Volta_Experiencias livretos. Mais lembro que o 2 era Lavoisier e depois fiz algumas experiências sobre inércia e resistência do ar. Era genial. Cada caixa trazia uma parte de um microscópio. Consegui montar e funcionava bem.

Mario Mendonça

Os cientistas em minha vida? Quando tinha 12 anos na casa de um amigo eu vi essa coleção e achei muito interessante, mas como o meu pai acabara de falecer e nós ficamos em precárias condições econômicas, esse interesse deixou de ser prioridade. O cientista que me encanta é Einstein. Um gênio inigualável e um pacifista admirável.

Osiris Bonato

Eu tinha a coleção inteira… sempre fui organizado, brincava, fazia as experiências e guardava tudo direitinho nas caixinhas.

Quimicos
Foi uma das minhas paixões, pois tinha de tudo, pinças, balanças, bússolas.
Realmente um relançamento de tal nível seria memorável.

Luciano Stancka

Meu primo tinha uma dessas. Fiquei impressionado, achei muito bacana, principalmente quando ele misturava coisas nos tubos de ensaio…mas ele não deixava eu mexer. Era muito caro, e nesta época meu pai já havia falecido, eu o perdi quando tinha 6 anos, e minha mãe criava a mim e meus irmãos com uma pensão do “INPS” de 1 salário mínimo, assim eu não podia ter um, já meu primo era filho de um advogado.

Carlos Airton

Sim que eu lembro, e meu pai comprou para mim. Era incrível…

Pablo Vilarubia Mauso

Eu colecionei. Lembro-me bem. Mas não comprei todos porque era muito caro! O pequeno microscópio que veio numa das caixinhas de isopor tenho até hoje. Só não sei onde está. Eu mesmo descobri Os Cientistas na banca e ia lá toda semana (ou mês?) para procurar novos exemplares.

Quimicos2E isso me deixava extremamente feliz! Fiz poucas experiências, pois acreditava que elas eram “difíceis” de se realizar. Eu tinha menos de dez anos, acho.
Como disse, me lembro bem do pequeno microscópio e sua caixinha de lâminas que tenho até hoje.

Paulo R. C. Barros

Meu pai comprou pelo menos metade das caixinhas, mas eu era muito nova pra entender o que era, porém ficaram guardadas lá em casa até meus irmãos e eu podermos fazer as experiências. Eu adorava tudo aquilo! Lembro bem da que tinha a experiência da pilha e das peças pra montar o microscópio, que minha irmã e eu também levávamos pra escola! Alguns anos atrás, doei o que sobrou para o colégio onde eu estudei, lá em Palmas.

Muito bom lembrar disso! =)

Ana Maria Marins Pettres

Nossa, você me fez recordar o passado neste momento. Não só conheci a coleção “Os Cientistas” como também tive uma parte dessas caixinhas. Só que estava ficando caro na época e meu pai não quis mais comprar (eu era dependente dele). Juro que se fosse hoje eu compraria a coleção inteirinha. Como gosto de ciência, acho que foi uma das melhores e instrutivas coleções que já lançaram. Aprendia-se química, biologia e física de uma maneira fácil, inteligente, interessante e rápida. Só espero que alguém tenha a idéia de fazer algo semelhante a isso nos dias de hoje.

Naquela época eu estava começando a estudar científico (hoje colegial, acho) e vi a propaganda na televisão e em algumas revistas e pedi ao meu pai para me comprar. Como expliquei, não consegui fazer a coleção toda e, com o passar dos anos alguns produtos químicos se estragaram porque algumas caixas guardei ao invés de usar. Ainda tenho alguns objetos e só alguns livrinhos. A maioria se perdeu com o tempo e as mudanças de casa que tive quando fui morar sozinha.Peso e corda
A cada caixinha que meu pai trazia era uma nova emoção porque eu simplesmente adorava aquilo tudo. Quanto a relançarem algo semelhante eu adoraria e daí pode ter certeza que compraria a coleção inteirinha. Acho que esse tipo de coleção só pode ajudar no que fazemos porque às vezes podem chegar a alguma conclusão só por simples dicas científicas.
Espero que você consiga implantar essa idéia na cabeça de quem poderia levar isso adiante.
Rosely Vaz de Lima

Realmente não me lembro, pois não tive o privilégio de ter esses tesouros pedagógicos quando criança. Mas, lembro de tê-los visto numa escola estadual, abandonados num canto do laboratório, incompletos, muito desgastados pelo tempo. Foi na Escola Estadual Maurício Antunes Ferraz, Prof. em São Bernardo do Campo, creio em 1996. Tentando conhecer melhor a escola onde lecionaria, entrei no laboratório, grande e surpreendentemente equipado para os padrões de escola pública. O mérito da conservação do laboratório deve-se em grande parte ao professor de biologia, Fred. Enquanto remexia em algumas coisas, encontrei parte da referida coleção. Desculpe, mas não me lembro de muito mais coisa, pois ao ver o estado deplorável que se encontravam, nem pensei em utilizá-los.

Eduardo Yoshikazu Nishitani

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Jamais me esquecerei da coleção “Os Cientistas.” Para mim foi a melhor publicação para a promoção e o estímulo a ciência já publicada nesse país. Ficava também ansiosamente esperando pela chegada dos kits a banca em Londrina e foi com muito esforço (lembro-me que uma vez emprestei dinheiro) que consegui fazer a coleção. Infelizmente, mudando-me tantas vezes e emprestando a amigos, pois queria compartilhar e estimular neles o espírito científico, acabei, ao longo dos anos, extraviando e perdendo a coleção. Os kits seriam para mim ainda hoje, uma excelente ferramenta para ensinar ciências na educação básica. (…) Lembre-se de que na coleção “Os Cientistas”, veio em partes, às peças de um mini-microscópio para montar? Pois é. Era um aparelho que, apesar de pequeno, funcionava perfeitamente aumentando no máximo 300 ou 500 X, não me lembro exatamente. Ocorre  que algum tempo depois vim a atuar como assistente no setor de bacteriologia de um laboratório e mostrei o microscópio para a microbiologista do laboratório que ficou encantada com ele e queria a todo custo ter um para pendurar no seu carro como um “bibilôque”. E adivinhe o que aconteceu. (…) dei de presente a ela…

Alcides Pautilha Cores

Lembro dos Cientistas, até porque tive uma das caixas. Não lembro mais quem me deu, mas meu pai com certeza não foi. Também não lembro minha reação, mais tenho a impressão que gostei. Só me lembro que fiz muitas misturas de cientista louco…

Reynaldo de Mello

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É uma pena! Acho que foi só a uns 4 ou 5 anos atrás que vi meu microscópio dos Cientistas pela última vez… Me recordo que quando o adquiri, comecei a vasculhar todo o quintal de casa, à cata de formigas, moscas, folhas, e toda a diversidade lá existente, à fim de perscrutar as suas entranhas….bons tempos!!!! É lamentável que com o advento dessa era eletrônica, os jovens de hoje não tenham mais este espírito de curiosidade que nos era inerente.

Claudio Rossini

Tive contato com “Os Cientistas” na minha infância, e até hoje tenho alguns dos fascículos, mas não tenho mais as caixinhas. Eu mesmo juntava o dinheiro para comprá-las. Essa coleção foi muito importante para mim. Hoje sou professor de Física no ensino médio e analista de sistemas.
Minha sugestão é que as novas caixinhas sejam feitas de papelão reciclado, evitando o uso de isopor que é a base de petróleo.

Walder Antonio Teixeira

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Eu não tenho mais os kits mas guardei os livretos biográficos sobre cada um dos cientistas, que acompanhavam a caixinha. Tenho até hoje. Eu cresci mais com os kits da Funbec/IBECC e os jogos de química –
quando “Os Cientistas” chegaram eu já estava no colegial. (…) Mas o gosto pelas coisas científicas continua até hoje. E direcionaram a minha carreira para ciencias exatas.

William Millett

Que satisfação voltar ouvir falar dessas caixinhas “mágicas”, digo, científicas !

O adjetivo “mágicas” foi proposital, pois promoveram uma revolução em minha vida!

Naquela época, início dos anos 70, eu ainda era estudante do antigo curso “ginasial” e embora já apresentasse interesse em Ciências. Meu pai era gerente-secretário de um Banco particular aqui na cidade de Dois Córregos (SP) e tomou a iníciativa de  (com a licença dos proprietários do Banco ) levar-me ao trabalho dele para faz\er pequenos serviços no Banco ( eu colhia assinaturas no livro ponto; fazia o cafézinho, serviços externos, etc… bons tempos ). Muito mais tarde vim saber que meu “salário suado” era pago pelo meu pai mesmo e não pelo Banco !

Meu pai me fazia depositar a maior parte do meu salário, e o mínimo que tinha dele, disponível para meus gastos ( uma espécie de mesada às custas de trabalho ), eu comprava as caixinhas de “Os Cientistas” e me sobrava “zero” para qualquer outra coisa.

Difícil dizer como me orgulho disso hoje !

Quanta coisa desenvolvi a partir daí, começando pelo famoso “Laboratório de quintal”, com entrada controlada para “não iniciados” em Ciência.

A época foi de ouro, afinal, o Homem acabava de chegar na Lua e eu acompanhava tudo aquilo com grande paixão. Astronômia foi outra (e é ainda) grande paixão.

Tomei gosto pela Física e montamos em uma casa abandonada, ao lado da casa dos meu pais, uma sala de aula, onde me reunia com os colegas de classe e cada um, com facilidade em uma área, ajudava os companheiros. A energia elétrica do local, foi “puxado” clandestinamente da casa dos meus pais, por nós mesmo (estudantes). Funcionava muito bem, pois o ambiente raramente servia para brincadeiras. Algumas caixinhas de “Os Cientistas”, por vezes, era compartilhada ali, por todos, mas .. sob minhas vistas ! E como funcionou !

Poderia gastar horas descrevendo aqui as experiências daqueles dias, mas, vou poupá-los.

Depois de ter entrado na Universidade Federal de São Carlos, ainda mantinha o velho quartinho de quintal, com a bancada de madeira e um armário com as caixinhas. Contudo, o tempo é implacável. Não foi fácil ver ao longo dos anos, tudo se deteriorar. Com o tempo aquele “laboratório” não tinha mais razão de ser.

Por diversas vezes recebi a sugestão de me desfazer das caixinhas ( algumas totalmente vazias, outras ainda completas ); mas nunca tive coragem. Perdi muitas delas pela ação do tempo e até pela ação de roedores, infelizmente.

Daquele material, ainda ficou alguma coisa, que guardei em caixas de madeira. Os fascículos e cadernos de experimentos, tenho todos! Recentemente mostrei-o ao meu filho, mas, em seus 7 anos ainda é cêdo para entender o valor daquilo tudo.9333

Minha formação é em Física; fiz mestrado em Astrofísica (pelo INPE), trabalhando algum tempo no Radiotelescópio do Itapetinga, Atibaia/SP, com a observação de Quasares. Lecionei em escolas públicas, privadas e na unidade da Fatec de Jahú (Construção fluvial).

Se eu pudesse voltar no tempo, faria isso mesmo, tudo de novo, tal é minha satisfação em conhecer Ciências.

Não posso negar que aquelas caixinhas me influenciaram sobremaneira e se hovesse alguma chance de tê-las reeditadas, seria um primor!

Márcio Rodrigues Mendes

Naveguei pelo seu delicioso blog Os Cientistas.

Infelizmente nao tenho nenhuma memoria dessa serie-kit.

E olha que qando crianca adorei ganhar do meu pai o Quimico Juvenil, com suas dezenas de solucoes de produtos quimicos e zilhoes de reações quimicas que fiz, para desespero da minha mãe.

Acabei me tornando Tecnico Quimico e Engenheiro Quimico e, embora não possa garantir que esse kit tenha sido o principal responsavel, foi certamente um dos vetores de minha decisao.

No entanto, indiquei o blog “Os Cientistas” ao meu cunhado, 3 anos apenas mais novo que eu, e, para minha surpresa, me disse que tinha TODAS as 50 caixas da coleção “Os Cientistas” e que recentemente reviu todas elas e as guardou com carinho em novas caixas de plástico.

Disse que vários kits nao funcionam mais, pois as substâncias químicas ou evaporaram ou acabaram danificando a própria caixa (acido sulfurico e cloridrico). Mas, mesmo essas, guardou com carinho, pois nao consegue se desfazer delas.

Afirmou que sem dúvida essa coleção foi fundamental em aumentar o seu interesse pela ciência (interesse esse que acabou moldando sua vida), pois a coleçãoo era espetacular, pois nunca viu nada semelhante antes ou depois em lugar algum.

Detalhe: Meu cunhado se formou em Técnico em Quimica (foi meu calouro na Escola Tecnica Federal de Quimica do Rio de Janeiro, hoje CEFET-Química) , depois se formou em Fisica pela UFRJ, fez mestrado em Astronomia pelo Observatório Nacional , depois fez doutorado em Relatividade Geral pela Universidade de Londres e ainda prosseguiu seus estudos com um Pos-Doutorado em Cosmologia Observacional pela Universidade do Arizona.

Hoje é Professor Associado do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Not bad pra quem começou colecionando os 50 kits de “Os Cientistas”!
Eduardo Torres

Volta_divulgação_lançamento_coleção_Os_Cientistas[detalhe]Adorei tua iniciativa. Fruto de uma semente que foi plantada lá nos idos dos anos 70 pelo prof. Isaias e a FUNBEC!
De fato não só tomei contacto como comprei os poucos (cerca de 20) exemplares com o dinheiro de doce e cinema que juntava. Na época tomar um sorvete era luxo de poucos… Frequentava a rua Santa Efigenia [onde morava na época] e casas de vidraria tais como a CAQ a procura de barganhas para incrementar meu laboratorio “improvisado” em um porão na casa alugada que morávamos.
Assistia tambem ao programa “o professor”, creio que da equipe BBC e exibido pela “cultura”, programa que tinha a mesma linha editorial. Foi uma época muito profícua e hoje sou quimico e considero-me cientista por estas parcas iniciativas. Foi uma época que me traz profundas recordações….
Ainda hoje tenho os fasciculos encadernados em capa dura na minha estante e algumas das caixas que guardei por todos estes anos. Em outra caixa mantenho as bússolas, as bobinas, motor elétrico, tubos de ensaio e uma miscelanea que representa meu “museu” pessoal…
Nestes quase 40 anos formei muitos estagiários e técnicos. Tenho certeza que o espirito cientifico de olhar o mundo com os olhos da racionalidade cientifica foi inspirado nestas primeiras lições, lições dos mestres da ciência exemplificados em experiências muito simples e criativas, tais como a balança analitica feita com um alfinete e um canudo de refrigerante.
Obrigado pela tua iniciativa e sucesso na empreita!
Roberto Sidnei Chiandotti – Curitiba – PR

A coleção Os Cientistas foi muito importante para mim. Quando ela começou, eu tinha em torno de 12 anos, mas meus pais compraram, com dificuldades, deve-se dizer, as caixinhas pois eu mostrava um grande interesse pela ciência. Eu fazia todos os experimentos, seguindo passo-a-passo os roteiros.
Aprendi muito com elas e apesar de ter depois estudado química, a nível de segundo grau, e feito faculdade de física, muitos experimentos que fiz com aquelas caixinhas foram únicos, nunca mais tendo tido a oportunidade de realizar experimentos semelhantes mesmo a nível universitário. Lembro-me em particular do Van de Graaff e do efeito fotoelétrico. Através daquelas caixinhas eu não só adquiri um maior entusiasmo pela ciência, como fui capaz de desenvolver uma visão experimental dela, em suas várias áreas. Tenho todas as 50 caixas, guardadas com carinho todos esses anos. Recentemente revi todas, abrindo-as uma-a-uma e examinando seu conteúdo. Várias estão com alguns ou vários componentes estragados devido ao tempo, com as substâncias tendo sido perdidas e alguns materiais deteriorados. Mas, muitas estão em perfeito estado. E em quase todas eu tenho os roteiros em perfeito estado.
Ao longo dos últimos 35 anos eu revi todas elas de tempos em tempos, procurando selar frascos com substâncias que poderiam vazar e danificar o material e o roteiro. Jamais consegui me desfazer delas, pois ocupam um lugar especial na minha vida pessoal e que direcionou a minha escolha profissional. Quando estava na época de fazer uma escolha de carreira a nível universitário eu não tinha dúvidas de que queria ser um cientista, e não me importava em qual grande área eu seguiria: física, química, biologia ou fisiologia, os temas principais das caixinhas. Acabei seguindo a física por circunstâncias, mas tenho hoje plena certeza de que me sentiria perfeitamente à vontade se tivesse seguido qualquer uma das outras.

Todos os kits tinham experiências não só muito interessantes, como eram bem pensadas, destinadas não só a ilustrar o material científico, mas também visava, em alguns casos, obter resultados quantitativos. Me lembro bem do kit sobre Galileu onde para medir o tempo usava-se um relógio de água, algo fascinante pois, aprendi isso anos depois, o próprio Galileu usou relógios de água para fazer medidas sobre a queda dos corpos (na época dele não haviam cronômetros). No kit sobre a lei de Hooke havia um experimento em que era de fato medida a relação de deformação massa-mola, com um gráfico para ser construído em que se demonstrava que a equação da lei de Hooke era de fato comprovável empiricamente. Alguns experimentos eu fiz vários anos depois que a coleção já tinha sido finalizada, mas isso acabou sendo ótimo, pois me lembro de montar um transformador e entender o princípio da indução, na caixinha sobre Faraday, quando estudei eletromagnetismo no meu segundo grau. A maior parte dos experimentos de fato funcionava, e bem, embora alguns falhassem. Mas isso foi para uma pequena minoria. Me lembro do microscópio, que aumentava até 300 vezes, algo fascinante para a época, embora hoje seja comum se achar microscópios que aumentam até 1000 vezes em lojas de brinquedos. Na época, porém, ter acesso a um microscópio, e a um preço acessível, era algo muitíssimo difícil.

Relançar essa coleção seria algo excelente, mas sem dúvida que quem o fizer deveria ter uma boa assessoria para poder rever o material no sentido de aperfeiçoá-lo, revendo e repensando os kits que não funcionaram bem e também revendo o material no sentido de considerar os avanços científicos das últimas décadas. Por exemplo, ciências dos materiais é algo muito importante hoje e um kit sobre esse assunto seria importantíssimo. Da mesma forma, astronomia deveria ser considerada de alguma maneira. Poderia ser um experimento, na realidade uma observação, que incluísse, por exemplo, os satélites de Júpiter ou as montanhas da lua. Assim, penso que não deveria ser apenas um relançamento, configurando uma pura cópia do original. Sem dúvida que o espírito, e o formato, poderiam ser mantidos, mas acredito que o número de kits deveria ser maior do que 50 caixinhas, contendo, por exemplo, experimentos ligados a demonstrações matemáticas, algo que se tornou comum em kits laboratoriais que visam suprir laboratórios didáticos nas universidades. Acredito também que com o avanço da ciências chamadas humanas, antropologia, sociologia, etc, algo poderia ser pensado no sentido de incluir kits com essas áreas. Isso não é tão difícil quanto parece, pois, como disse acima, kits com “experimentos” matemáticos são hoje comuns, discutindo geometria, trigonometria, medidas e erros, teoremas sobre ângulos, etc. Menciono essas possíveis modificações e atualizações porque os tempos mudaram. Hoje me dia a separação artificial entre as ciências ditas “duras” e as humanas é muito menor do que quando a coleção original foi lançada. Eu ficaria fascinado se houvesse um kit intitulado “Sigmund Freud.”

Para completar, eu nunca vi nada igual a essa coleção nem aqui e nem no exterior. Fico torcendo para que, de alguma forma, essa coleção seja relançada, mesmo que seja uma pura cópia da original. Valerá à pena.

Marcelo Byrro Ribeiro

Instituto de Fisica
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade do Brasil

Descobri a série os Cientistas da Funbec-Abril, ainda bem jovem quando um amigo me presenteou, visto meu grande interesse pelas ciências, com 10 kits que foram de seus pais. Na época eu possuía um kit da empresa Philips e um laboratório montado na garagem de casa, assim como muitos de meus amigos, era uma época diferente em que não havia videogames ou computadores, mas podíamos facilmente comprar Ácidos na esquina de casa ou Permanganato em qualquer farmácia e podíamos testar as ciências na prática antes mesmo de estudarmos na escola;

O tempo passou, o velho laboratório e os kits se perderam no passado, mas deram seus frutos, o gosto pela ciência ficou e acabei me formando em Engenharia Química.

Daqueles tempos do primeiro grau se foram mais de 25 anos e em 2007 iniciei uma pesquisa em busca de kits de ciências espalhados  pelo mundo, ainda existiriam? Como seria a apresentação dos atuais?  Consegui muitas referencias sobre os extintos kits Philips dos anos 70 e os kits Kosmos alemães que existem desde antes de 1930 até hoje por lá, trazê-los se tornou uma missão interessante e graças à internet e empresas globais como a DHL, isto se tornou possível, então iniciava-se uma nova e estimulante coleção, que se tornou uma paixão, reunir vários conjuntos de ciências de diferentes épocas, durante esta busca consegui reaver novamente algumas caixinhas da fabulosa coleção os Cientistas da Abril – Funbec.

Felizmente ano passado descobri este blog e aqui pessoas com afinidades em comum, principalmente o gosto pela ciência e educação, fizemos aqui ótimas amizades e temos trabalhado com afinco para incrementar e divulgar este trabalho fantástico à muitas outras pessoas, saudosistas, entusiastas da ciência e muito outros que talvez nunca conheceram que já houve uma produção deste nível um dia em nosso país, creio que esta série, sem dúvida foi a mais produtiva idéia em prol do despertar do espírito científico que este país já desenvolveu,  quantos milhares de jovens assim com eu e outros por aqui,  foram influenciados diretamente em suas carreiras por esta magnífica série.

A cada nova caixa que conseguimos, um manual ou mesmo uma peça faltante é como reconstruir e fazer viver um pedaço da história científica recente do nosso país, nos remetendo há um tempo que talvez nunca volte, não temos mais o empreendedor Civita entre nós, não temos um Raw a frente de uma Funbec., talvez “Os Cientistas’ para ser reeditado hoje, necessitaria de diversas atualizações para atender as legislações, requisitos de segurança, ser ecologicamente correta etc..  ficando mais próximos aos modernos kits europeus.

Acredito que as adversidades muitas vezes são nossos maiores amigos, pois nos fazem evoluir e nos superar sempre e o que alimenta nossa esperança de ver uma série semelhante reeditada no Brasil é que hoje temos as ferramentas de informação e logística  muito mais desenvolvidas,  possibilitando de forma instantânea unir pessoas que a pouco jamais sonhariam em se encontrar, compartilhar idéias e conhecimentos a longa distância em um piscar de olhos;

Parabéns ao Prof. Carlos pela iniciativa deste blog, ao Prof. Newton e demais colaboradores permanentes deste blog  por ajudar a imortalizar aqui a célebre série da Abril- Funbec, sei que se lançarmos as sementes no solo correto e o mantivermos irrigado, os frutos certamente virão!

Márcio Luisi

Eng. Químico – UFRGS  /  MBA em Gestão – FGV

mluisi@terra.com.br /  www.trendsconsultoria.com.br

Chicara_BussolaAgradecimentos:

Angela da Silva Bunese

Família Bunese

Prof. Bertoldo Schneider Jr. (UTFPR)

Prof. Mateus H. F. Pereira (UFU)

Maria Clara Matos (USP)

Profª Bernardete Angelina Gatti (Fundação Carlos Chagas)

Roberson Caldeira Nunes (que negociou 16 caixas da coleção)

Paulo Eduardo Pilon (que negociou 28 caixas da coleção)

Lúcia Regina D’acri (que negociou 9 caixas da coleção)

Márcio Luisi (Eng. Químico)

Prof. Newton C Frateschi da Unicamp

Reno Stagni

Somos indicados em: http://dfm.ffclrp.usp.br/ldc/index.php/anel-de-blogs-cientificos

http://revista.brasil.gov.br/personagens/isaias-raw/perfil

http://www.cienciamao.if.usp.br/tudo/index.php?midia=coci&sort=titulo&pag=1

Fotos dos kits lacrados: Marcio Garcia Luisi, Newton C. Frateschi e Carlos A. Machado

Todas as fotos deste blog foram tratadas por Copyright © 2009 Carlos Alberto Machado

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